Quarta-feira, 4 de Junho de 2008
Pavilhão 34
O Poeta Nu [poesia reunida]
Jorge Sousa Braga
P.V.P.: 19 €
Preço de Feira: 11 €
«Adão e Eva
Adão era polícia numa esquadra vizinha. Nos intervalos dos giros, subia duas a duas as escadas do atelier de Lempicka, despia a farda e o seu corpo nu e musculado pisava o soalho, como se pisasse o chão do paraíso.
Tal como o outro Adão, desconhecia o chão que pisava e seria incapaz de reconhecer esse corpo nu que arrancava na tela um frémito de prazer a uma Eva desprevenida.»
Pavilhão 21
Prosa Íntima e de Autoconhecimento
Fernando Pessoa
P.V.P.: 22.50 €
Preço de Feira: 14 €
«Interessar-nos pela vida íntima de Pessoa, longe de ser um acto de voyeurismo, com o intuito de descobrir o artista escondido por detrás da sua arte, é aprofundar o nosso conhecimento dessa arte na sua globalidade. Ler o homem é ler a obra, ou parte dela. Os textos recolhidos neste volume não servem para entender ou apreciar melhor “A Tabacaria” (não sendo sequer útil, para esse efeito, saber que é da autoria de Álvaro de Campos); valem por si, como outras peças – algumas “menores”, mas mesmo assim interessantíssimas – da obra literária chamada Pessoa.»
Richard Zenith, no prefácio a este livro.
1 comentário:
Não posso fazer mais publicidade ao Jorge Sousa Braga do que aquela que já faço. A última vez foi na 5ª Maratona de Poesia, em Sintra, há bem pouco tempo.
A culpa foi do Fanha, que se pôs a declamar o "Portugal", um favorito do Mário Viegas.
Na Fenda comprei, à vontade, mais de dez "O poeta nu", em duas edições. Até que esgotou.
E saudei a reedição na Assírio.
(Também comprei para aí uns quatro)
Saudei a reedição no www.gandaordinarice.blogspot.com, colocando o livro lado a lado com o meu "De boas erecções está o Inferno cheio, king kong size, edição especial para mastrubadores". E deu-me muito gozo ver-nos lado a lado (em termos capa-lívricos) na Bertrand do Chiado, contemplando altaneiros o resto das prateleiras e provocando os leitores que passavam.
Se tenho poesia satírica, a culpa é em boa parte do Jorge Sousa Braga e do Vasco Santos, da Fenda. Atrás deles andei por Coimbra, em 1984, desesperado por comprar o "Plano para salvar Veneza" e "A greve dos controladores de voo".
Meses antes tinha estado no Cais das Colinas, contemplando o Tejo e devorando lentamente o "De manhã vamos todos acordar com uma pérola no cu".
Aí, a culpa foi do "Expresso", que me alertou para o livro.
No meio disto tudo, nunca falei com ele...
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