segunda-feira, 2 de junho de 2008

Feira do Livro — Livros do dia

Segunda-feira, 2 de Junho de 2008

Pavilhão 34
Obra Breve
Fiama Hasse Pais Brandão
P.V.P.: 40 €
Preço de Feira: 24 €







«Ninguém entra na hermética paisagem de Fiama como em casa. Nem sequer como quem se perde, entre pânico e delícia, na floresta de um enigma levando na mão as pedras brancas do herói de Grimm. A poesia de Fiama é tão clara e obscura como o mundo onde se descobre como olhar misteriosamente in

struído pelo percurso que o solicita. Um mundo ao mesmo tempo anterior ao olhar e esperando por ele para ser decifrado. Esse mundo não é um cosmos pleonasticamente harmonioso, desde sempre votado à contemplação e a um óbvio sentido. É só um mundo escrito em hieróglifos, finito e inesgotável na sua minúcia. O poema não vem elucidar o mistério da realidade sem cessar bifurcante onde a atenção de Fiama desembarca como no mais desconhecido dos mundos: vem reconhecê-la. Um mundo anterior ao verbo que o descreve e convoca, que nunca foi nomeado fora da voz que no-lo diz. Melhor seria dizer, do poema que o cria pela sua própria

respiração[...].»

Eduardo Lourenço



Pavilhão 21
Por Teu Livre Pensamento
João Pina e R ui Daniel Galiza
P.V.P.: 30 €
Preço de Feira: 18 €






«O livro Por Teu Livre Pensamento é o resultado de 25 entrevistas efectuadas a igual número de ex-presos políticos, por dois jovens sem qualquer memória pessoal do período em questão, que pela sua acção de luta contra o Estado Novo e em prol da implementação da Democracia em Portugal, viveram experiências de privação de liberdade e maus tratos nas prisões do fascismo.
Uma das lamentações que os nossos entrevistados mais transmitiram foi o facto de, na sua opinião, Portugal ser “um país sem memória”. Se com este modesto contributo conseguirmos dar um pouco a conhecer o que era viver no Portugal de há poucos anos atrás, e lutar pela sua transformação num país melhor, a nossa tarefa está cumprida.»

Rui Daniel Galiza


«Exactamente um ano, um mês e um dia antes de a "Grândola Vila Morena" passar no Rádio Clube Português e os militares saírem à rua, morreu uma pessoa que marcou a minha vida, apesar de nunca o ter conhecido pessoalmente: o meu avô materno, Guilherme da Costa Carvalho. Ele foi o protagonista de várias histórias que ouvi, todas elas recheadas de detalhes das suas peripécias — as fugas de Peniche e Caxias, o paludismo que apanhou no Tarrafal, onde passou períodos na Frigideira.»

João Pina

2 comentários:

de.puta.madre disse...

A Assírio&Alvim já não surpreende:
é uma espécie de prazenteira monotonia do Belo.

Assírio e Alvim disse...

Sugiro que consulte o nosso catálogo, para que possa constatar que temos publicado coisas diferentes e diversificadas.