segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Caminho dos Pisões, de M. S. Lourenço


Na próxima quarta-feira, dia 28 de Outubro às 18h30, na sala 5.2 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, será lançada a obra O Caminho dos Pisões, de M. S. Lourenço, com a participação de Fernando Martinho, Miguel Tamen e João Dionísio.

Paralelamente, encontra-se aberta ao público, na Biblioteca Nacional, a exposição «O Sopro sopra onde quer», mostra bibliográfica de M.S. Lourenço. Esta exposição bibliográfico-documental pretende homenagear o escritor e tradutor, professor de Lógica e Filosofia da Matemática M. S. Lourenço, falecido no dia 1 de Agosto de 2009. A frase do título, o Sopro sopra onde quer, foi retirada do Evangelho segundo S. João (3, 8) e aparece citada sob a forma de mote por M. S. Lourenço ao longo do seu percurso intelectual. Centrando-se no início deste percurso, a exposição desenvolve-se sob o signo desta alusão bíblica sobretudo em dois sentidos.


Boa parte da criação literária de M. S. Lourenço entre 1956 e a primeira parte da década seguinte tem um cunho muito forte de meditação católica, reforçado pela experiência da Guerra Colonial. Numa carta incluída na presente mostra, escreve o autor: “só quero o Sopro por cima da minha cabeça rapada. Por isso o Negage e Nambuangongo são para mim iguais a Nova York ou Cuba”. Noutro sentido, o período abrangido pela exposição acha-se marcado pela constituição do seu pseudónimo Arquiduque Alexis Von Gribskoff, um aristocrata cujo brasão expõe precisamente o lema “Spiritus ubi vult spirat”.

A presente mostra cobre aproximadamente 10 anos, desde as primeiras experiências literárias de M. S. Lourenço e da colaboração no jornal Encontro até à saída de Portugal em 1965, para estudar Filosofia da Matemática em Oxford sob a orientação de Michael Dummett. A contextualização que se oferece das primeiras obras que assinou circunstancia a singularidade da sua criação intelectual.

E amanhã, dia 27 Out., pelas 18h00, não perca a oportunidade de fazer uma visita guiada pelos organizadores João Dionísio e Nuno Jerónimo.

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