[Janeiro de 1981]
Emma Santos escreve e interpreta (a presente edição de O Teatro reproduz o texto por si representado cenicamente, entre Dezembro de 1976 e Janeiro de 1977) a doença, a dor física e o sofrimento mental, denunciando as semelhanças entre a loucura dos métodos usados para a tratar e a própria loucura.
Emma Santos defronta-se com a loucura das instituições psiquiátricas onde foi internada e onde lutou para recuperar a sua voz, “quando à força de medicamentos me obrigaram a calar”. Segundo a sua mãe, a loucura é o teatro pessoal de Emma e a sua comédia traduz-se numa enorme solidão, vivida entre electrochoques e as outras doentes, todas “uma e a mesma, devorando bolos e guloseimas ou de cigarro nos beiços”, imagem da loucura que visualiza como uma “mulher, alta, inchada pelos medicamentos, semi-nua, só com um roupão de nylon acolchoado às flores roxas ou cor de rosa”.
Emma Santos defronta-se com a loucura das instituições psiquiátricas onde foi internada e onde lutou para recuperar a sua voz, “quando à força de medicamentos me obrigaram a calar”. Segundo a sua mãe, a loucura é o teatro pessoal de Emma e a sua comédia traduz-se numa enorme solidão, vivida entre electrochoques e as outras doentes, todas “uma e a mesma, devorando bolos e guloseimas ou de cigarro nos beiços”, imagem da loucura que visualiza como uma “mulher, alta, inchada pelos medicamentos, semi-nua, só com um roupão de nylon acolchoado às flores roxas ou cor de rosa”.
1 comentário:
um pequeno grande livro...
abraço
Hugo Miguel Costa
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