Debret é o resultado de uma interpretação da relação social entre brancos e negros, portugueses e africanos, senhores e escravos no Brasil do século XIX. Esta interpretação parte da obra do pintor Jean-Baptiste Debret, artista francês, que chegou ao Brasil juntamente com a missão francesa a convite do Príncipe Regente D. João VI, no início do século XIX e demonstrou a sua paixão pelo Brasil através de pinturas, aguarelas, desenhos e gravuras, permitindo deste modo elaborar uma visão histórica, política, cultural e social do Brasil dessa época.
A interpretação resulta em 15 esculturas. Cada uma destas resulta da combinação de quatro elementos distintos: mesas, ovos, figuras e citações do Padre António Vieira. As figuras retratam acções entre brancos e negros reveladoras da relação sexual e social dos mesmos. A inserção destas figuras em ovos (de modo paralelo ao que acontece nos ovos de Fabergé) deslumbra uma face mecânica, imperialista e despótica de onde, também, resultou a criação de uma nova raça (mulata). A associação de tudo isto com as citações do Padre António Vieira (escritas nas mesas) leva-nos a uma releitura que se insere num discurso pós-colonialista, período em que vivemos actualmente.
A interpretação resulta em 15 esculturas. Cada uma destas resulta da combinação de quatro elementos distintos: mesas, ovos, figuras e citações do Padre António Vieira. As figuras retratam acções entre brancos e negros reveladoras da relação sexual e social dos mesmos. A inserção destas figuras em ovos (de modo paralelo ao que acontece nos ovos de Fabergé) deslumbra uma face mecânica, imperialista e despótica de onde, também, resultou a criação de uma nova raça (mulata). A associação de tudo isto com as citações do Padre António Vieira (escritas nas mesas) leva-nos a uma releitura que se insere num discurso pós-colonialista, período em que vivemos actualmente.
Título: Debret; Autor: Vasco Araújo; Texto: Paulo Pires do Vale; Colecção: Arte e Produção; 112 pp. ; ISBN: 978-972-37-1469-2 (já disponível nas livrarias).
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