A MORTE
A morte bateu-me e derrubou-me para o feno do Verão.
Agora está lá fora suspensa e ri-se,
estrangulando a pereira.
Ninguém a faz cair no chão,
nenhum toque de trombeta
a escorraça para os montes,
vêm dos vales os que à pancada me hão-de assassinar;
camponeses, comerciantes, carniceiros
e o pároco com o cordeiro pascal,
que me faz as suas confidências.
A morte bateu-me e derrubou-me para o feno do Verão.
Ninguém despedaça
a minha glória e me deixa fugir...
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Thomas Bernhard — 9/2/1931 § 12/2/1989
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Aniversário da morte,
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