Poeta, dramaturgo e ensaísta, nascido em Viena em 1 de Fevereiro de 1874, Hugo von Hofmannsthal ficou internacionalmente conhecido pela sua colaboração com o compositor alemão Richard Strauss. Começou a escrever poesia e ensaios com 16 anos, sob o pseudónimo de Loris Melikow. Instigado por questões filosóficas, artísticas e literárias, Hofmannsthal licencia-se em Filologia Românica, dedicando-se inteiramente à escrita de poesia e de peças de teatro depois de acabar o curso. Os seus paradigmas literários assentam no homem-sonhador, homem-actor e homem-jogador. Escreve em 1905 a peça Ein Brief, uma reflexão sobre a linguagem, as questões sociais e culturais, a comunicação e o ser humano. Em França, numa viagem em 1900, conhece Auguste Rodin e o poeta Maeterlinck. Casa com Gertrud Schlesinger e vive o resto da vida em Rodaun, perto de Viena. Aos vinte e seis anos decide dedicar-se por completo à escrita de peças de teatro, revelando nesta altura preocupações com o crescimento do anti-semitismo. Em 1903 conhece Max Reinhardt e Richard Strauss, para quem escreveu o libreto de Elektra (1906). Com Reinhardt virá a fundar o Festival de Salzburgo, depois da guerra. Durante a Primeira Guerra Mundial, Hofmannsthal escreveu abundantes ensaios políticos, tendo também por este motivo as suas obras sido proibidas. Morre de ataque cardíaco em 1929, dois dias depois do suicídio do seu filho mais velho.
Com tradução de José A. Palma Caetano, a Assírio & Alvim publicou em 2002, na colecção «Testemunhos», Livro dos Amigos.
Fernando Assis Pacheco nasceu em Coimbra em 1 de Fevereiro de 1937. Licenciou-se em Filologia Germânica na Universidade de Coimbra, cidade onde viveu até 1961, ano em que foi para a tropa. Durante a adolescência foi actor de teatro e redactor da revista Vértice. Foi expedicionário em Angola pelo que, à data da publicação do seu primeiro livro, Cuidar dos Vivos, ainda se encontrava no continente africano. Foi um brilhante tradutor, tendo vertido para língua portuguesa obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez, entre outros. O seu nome nunca será esquecido no mundo do jornalismo, tendo trabalhado no JL-Jornal de Letras, Artes e Ideias, n'O Jornal, na Visão, no Diário de Lisboa e no República. As suas principais obras de poesia são Cuidar dos Vivos, Memória do Contencioso e A Musa Irregular. Em prosa deixou-nos obras como Walt e Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Faleceu no dia 30 de Novembro de 1995, em Lisboa, à porta da livraria Buchhölz.
Na colecção «Obras de Fernando Assis Pacheco», a Assírio & Alvim publicou até à data: Respiração Assistida [2003], Memórias de Um Craque [2005]), A Musa Irregular [2006], Walt ou O Frio e o Quente [2007], com capas sobre desenhos de Bárbara Assis Pacheco, filha do autor.
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