CATÁLOGO
Fundação de Serralves / Fundação EDP / Assírio & Alvim
ISBN 978-972-37-1621-4
ISBN 978-972-37-1621-4
Inauguração da Exposição no Museu de Serralves
25 de Novembro de 2011, das 22h00 às 24h00
Entrada livre para a inauguração
Esta exposição antológica é também uma ocasião para incentivar o conhecimento da obra de Eduardo Batarda junto de públicos mais vastos e contribuir para um maior entendimento e discussão dos seus pressupostos críticos, visuais e conceptuais. Com efeito, a recepção da obra de Batarda tem constituído uma evidência de um curioso paradoxo, infelizmente não tão pouco frequente no nosso país: sendo um dos mais conhecidos artistas portugueses, Batarda é também um dos menos conhecidos. Por um lado, trata-se de um artista representado em numerosas colecções institucionais e particulares, as suas exposições individuais têm acontecido com regularidade, a sua actividade como professor foi referencial para mais de uma geração de jovens artistas, as suas colaborações em filmes e peças de teatro, assim como a sua actividade de ilustrador, foram marcantes em momentos muito singulares da cultura portuguesa, a sua longínqua actividade crítica ainda hoje pode ser lembrada como exemplar de uma interrogação da obra de arte objectiva e subjectivamente leal, frontal e explícita num contexto onde raras são as vozes que assim se exprimem. No entanto, a obra de Eduardo Batarda é ainda um universo onde são raras as tentativas de interpretação que o desvendem, onde os mal-entendidos sobre diferentes períodos e formas da sua manifestação se acumulam; também o confronto com obras de outros artistas em exposições colectivas escasseia e a circulação internacional do seu trabalho pouco acontece. O próprio artista tem vindo frequentemente a assinalar, de modo algo hiperbólico e mordaz, quer nas suas pinturas, quer em vários textos escritos para diversos momentos de apresentação, a sua admiração pela manifestação deste paradoxo que atinge a recepção da sua obra.
[Excerto da Apresentação de João Fernandes (Director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves) e de José Manuel dos Santos (Director Cultural da Fundação EDP)]
A obra de Eduardo Batarda assume-se como um desafio: como interpretar a pintura e as suas imagens, referências e comentários? “Outra vez não. Eduardo Batarda”, que se apresenta no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, é uma ocasião para conhecer melhor o trabalho de um pintor singular, desde as primeiras obras da década de 1960 até aos quadros realizados em 2011.
Co-produzida entre a Fundação de Serralves e a Fundação EDP, a mostra (25-XI-2011 a 11-III-2012) assinala a atribuição ao artista do Grande Prémio EDP Arte em 2007.
Comissariado: João Fernandes e João Pinharanda; Produção: Fundação de Serralves; Mecenas Exclusivo da Exposição: Fundação EDP.
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