sexta-feira, 1 de outubro de 2010

«Publicamente»


«Luís Campos e Cunha tem contribuído determinadamente para uma melhor informação crítica, avaliando a situação nacional e os seus desafios positivos e negativos, não só no âmbito da economia e das questões fiscais e orçamentais, mas também nos contextos mais alargados da vida política e partidária, dos sistemas de ensino, da justiça, da Administração Pública ou dos grandes projectos. As suas reflexões têm alimentado uma prática de debate, esclarecimento e intervenção.»

Do «Prefácio», João Salgueiro

«Os textos aqui reunidos são produto da reflexão de ume conomista interessado e empenhado na vida pública — não são os de um político. E são tambémos textos de um académico que entende que o conhecimento não é para ficar fechado nas Universidades ou encerrado em míticas “torres demarfim”. […]
Para Luís Campos e Cunha a sua independência é mais importante do que as suas conveniências, e o que diz e escreve resulta daquilo que pensa, e não de sopesar as consequências de cada palavra antes de a omitir. Oque, num liberal, é sinal de coerência. […]
Tendo estado quase sempre próximo do PS, Luís Campos e Cunha é mais liberal — em termos económicos — do que a maior parte dos políticos e dos economistas portugueses, mesmo os que se situam bem para a sua direita. Liberal também no que toca às questões sociais — mas sem esquecer que mais liberdade nos costumes implica mais responsabilidade nos actos —, não se encaixa bem nas gavetinhas em que, habitualmente, os polícias sinaleiros do espaço público gostam de arrumar quem tem ideias próprias e é escutado pelos seus concidadãos.
Também não vou por isso cair na tentação de o classificar, até porque isso não é o mais importante. Como se pode comprovar ao reler o que escreveu ao longo dos últimos três anos, a sua diferença é feita por uma heterodoxia enformada por uma sólida formação económica. Luís Campos e Cunha não é por isso nem um economista que não sabe abordar outros temas, nem um curioso que escreve no vento que sopra e na direcção em que este sopra.»

Do «Posfácio», José Manuel Fernandes

Luís Campos e Cunha doutorou-se na Columbia University, em 1985, onde foi aluno de professores notáveis em economia internacional e macroeconomia, mantendo ainda hoje relações pessoais de amizade com Ron Findlay, Jagdish Bhagwati e dois «prémios Nobel», Ned Phelps e Bob Mundell — o «pai» do euro.
Nos cinco anos de Nova Iorque, a sua experiência de viver em Manhattan foi tão importante para a sua vida, como o doutoramento para a sua carreira académica. Foi aí que passou a apreciar a arte contemporânea, tendo estudado pintura, nas horas vagas, com Susan Wilmarth, de quem também ficou amigo para a vida. Participou, nessa altura, em duas exposições, nomeadamente na colectiva «Young Artists of Columbia University».
Da vivência nova-iorquina ficou-lhe o sentido de responsabilidade e de direitos de cidadania, que estão sempre presentes nos textos que escreve. E desde cedo teve intervenção cívica mais ou menos regular nos jornais, datando o seu primeiro texto de finais de 1974, no Expresso, e participou na coluna «Mão Invisível » do Semanário, em meados dos anos 80.
Actualmente é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (da qual foi director), é vice-presidente da Fundação de Serralves, está ligado ao banco Banif e é presidente da Sedes. Foi vice-governador do Banco de Portugal, de 1996 a 2002, onde passou a conhecer melhor a maneira de ser dos europeus e esteve no centro da transição para o euro. Foi ministro de Estado e das Finanças em 2005, demitindo-se ao fim de poucos meses.


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ISBN: 978-972-37-1527-9 Preço sem IVA: 20,75 € / P.V.P.: 22 €

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