«O telefonema chegou. Do outro lado do fio, uma voz queria saber quem atendia. Identifiquei-me e a voz então anunciou: “Daqui fala o Alberto de Lacerda. Ouvi dizer que andava à minha procura.” Confirmei que sim, que era verdade. “Porquê?” perguntou. Tentei explicar, algo atabalhoadamente, que tinha vindo de Lourenço Marques, que me interessava muito pela sua poesia, que tínhamos alguns amigos em comum, que estava a viver em Londres, que pretendia ficar, que também escrevia versos, e que seria interessante, enfim, poder conhecê-lo. Nova pausa. E finalmente, Alberto de Lacerda perguntou se eu sabia onde era Chelsea. Respondi logo que sim.
“E a King’s Road?”. “Também”. “E sabe onde fica um café que se chama Sa Tortuga?” “Não sei, mas darei com ele.” Resposta errada. O Alberto funcionava com coordenadas exactas. Seguiram-se explicações meticulosas. Fez outra pausa, mais breve, e perguntou se o dia X estava bem. “Estarei lá em baixo, às sete, numa mesa mesmo ao fundo, quase encostada às escadas. Às sete no Sa Tortuga. Não se atrase.”»
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / N.º de páginas: 160 / ISBN: 978-972-37-1503-3. Já disponível nas livrarias.
“E a King’s Road?”. “Também”. “E sabe onde fica um café que se chama Sa Tortuga?” “Não sei, mas darei com ele.” Resposta errada. O Alberto funcionava com coordenadas exactas. Seguiram-se explicações meticulosas. Fez outra pausa, mais breve, e perguntou se o dia X estava bem. “Estarei lá em baixo, às sete, numa mesa mesmo ao fundo, quase encostada às escadas. Às sete no Sa Tortuga. Não se atrase.”»
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / N.º de páginas: 160 / ISBN: 978-972-37-1503-3. Já disponível nas livrarias.
Sem comentários:
Enviar um comentário