quarta-feira, 28 de março de 2012

João Barrento vence Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho 2011


Foi hoje anunciada a atribuição, por unanimidade, do Grande Prémio de Ensaio "Eduardo Prado Coelho" APE / Vila Nova de Famalicão 2011 a João Barrento, pelo seu magnífico ensaio «O Mundo Está Cheio de Deuses - Crise e Crítica do Contemporâneo». 

«A obra de João Barrento que conquistou a unanimidade do júri é "O Mundo está cheio de Deuses -- Crise e Crítica do Contemporâneo", editada pela Assírio & Alvim, indica uma nota da direção da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Nesta 3.ª edição do galardão, relativa aos livros publicados em 2011, o júri foi constituído por José Carlos Seabra Pereira, Luísa Mellid-Franco e Margarida Braga Neves.

Este prémio, no valor de 7.500 Euros, com o patrocínio integral da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, já distinguiu autores como Vitor Aguiar e Silva e Manuel Gusmão.

Crítico, ensaísta e tradutor literário de língua alemã, João Barrento nasceu em 1940, em Alter do Chão. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma tese sobre a obra do dramaturgo inglês Harold Pinter. De 1965 a 1968 foi leitor de Português na Universidade de Hamburgo e, depois, leitor de língua alemã na Faculdade de Letras de Lisboa. É desde 1986 professor de Literatura Alemã e Comparada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
É autor de numerosos artigos e ensaios sobre temas de literatura alemã, portuguesa, inglesa, literatura comparada, teoria da literatura e da tradução, designadamente em revistas da especialidade, como a Colóquio/Letras.

Foi galardoado, entre outros, com o Grande Prémio de Tradução do Pen-Clube e da Associação Portuguesa de Tradutores, o Prémio de Ensaio "Jacinto do Prado Coelho", da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários, a Bundesverdienstkreuz (Cruz de Mérito Alemã) e a Medalha Goethe da República Federal da Alemanha. A cerimónia de entrega do Grande Prémio de Ensaio "Eduardo Prado Coelho" 2011 está marcada para o dia 04 de maio, em Vila Nova de Famalicão.» (Fonte: Agência Lusa)

Ao João Barrento, os parabéns de toda a equipa da Assírio & Alvim.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tennessee Williams § 26/03/1911 — 25/02/1983


Ver aqui «A Noite da Iguana e Outras Histórias»

sexta-feira, 23 de março de 2012

Amanhã, a não perder

EM LISBOA...


Chegou já às livrarias o livro «Um País Que Sonha — Cem Anos de Poesia Colombiana». O lançamento terá lugar na Sala Almada Negreiros, no CCB, dia 24 de Março pelas 17h00. Apresentação por Germán Santamaría Barrágan (Embaixador da Colômbia em Portugal), Lauren Mendinueta (organizadora), Nuno Júdice (tradutor) e Manuel Alberto Valente (editor). Um dos poetas antologiados, Armando Romero, estará presente e fará uma leitura de poemas.

«A poesia é a única prova concreta da existência do homem e a única força capaz de derrotar todos os surdos poderes do mundo, inclusive a morte. Esta sentença memorável lembrou-a o maior escritor colombiano de toda a história, Gabriel García Márquez, ao brindar à poesia quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura. É então a poesia a única prova de que Colômbia e Portugal existiram no passado e que terão um lugar no futuro da história humana. […]»
Germán Santamaría Barrágan

Lauren Mendinueta (Barranquilla, Colombia, 1977). Poeta e ensaísta. Autora de cinco livros de poemas, os mais recentes: La Vocación Suspendida (Sevilla, 2008; Barranquilla, 2009), VI Premio Internacional de Poesía Martín García Ramos (España, 2007), e Del tiempo, un paso (Valencia, 2011), VIII Premio Internacional César Simón da Universidade de Valência. Em português publicou o livro Vistas sobre o Tejo (Lisboa, 2011), com ilustrações da pintora portuguesa Luísa Bomba. Ganhou três prémios nacionais de poesia no seu país e em 2011 o Premio Nacional de Ensayo y Crítica de Arte (Min. Cultura, Univ. Andes) por um trabalho sobre a artista plástica colombiana Doris Salcedo. O seu nome aparece em importantes antologias na América e na Europa. Poemas seus foram traduzidos para inglês, italiano, alemão, russo, português e francês.  É considerada uma das mais importantes poetas jovens da América Latina. Viveu no México e em Espanha, e desde há 5 anos vive em Lisboa. 

Nuno Júdice. Nasceu em 1949. Tem uma vasta obra poética, amplamente traduzida. Publica também ficção e ensaio. É professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde tem ensinado Literatura Comparada e Teoria da Tradução. É actualmente director da revista Colóquio-Letras da Fundação Gulbenkian. É co-responsável pelos seminários de tradução colectiva que se têm realizado na Fundação Casa de Mateus. Traduziu obras teatrais, tendo algumas das peças (Corneille, Shakespeare, Molière) sido representadas nos Teatros da Cornucópia, Nacional de S. João e  Nacional D. Maria II. O seu último trabalho foi a tradução de Cyrano de Bergerac para o Teatro D. Maria II. Traduziu também a Diana de Jorge de Montemor, poemas de amor de Pablo Neruda, e poesia francesa e espanhola para antologias diversas.


... E NO PORTO


A Assírio & Alvim convida-o(a) a estar presente no dia 24 de Março, pelas 21h30, na Biblioteca do Seminário Maior do Porto, onde será apresentado, pelo historiador Doutor Rui Ramos, o livro da autoria do Senhor D. Manuel Clemente, «Igreja e Sociedade Portuguesa — do Liberalismo à República», por ocasião do 5º aniversário da tomada de posse como Bispo do Porto.

«Os estudos e intervenções reunidos neste volume abrem uma porta fascinante sobre a história contemporânea de Portugal. Não era uma porta fechada, mas era uma porta que precisava de ser aberta assim, com este saber e largueza de vistas. D. Manuel Clemente é  um dos nossos maiores especialistas de história do catolicismo contemporâneo. Neste livro, a sua atenção incide principalmente sobre a relação da igreja com o Estado durante a época do Liberalismo, entre o princípio do século XIX e o princípio do século XX. Mas estão também incluídas aqui importantes e sugestivas investigações e reflexões sobre a vida paroquial em Lisboa no século XX, as esperanças e as angústias de Raúl Brandão num "mundo anticristão", ou a "nova religião" desejada por alguns líderes da I República, como Bernardino Machado. Este é um livro que trata de muitos temas, iluminando todos de um modo seguro e estimulante.»

Rui Ramos, no prefácio a este livro

quarta-feira, 21 de março de 2012

Apresentação do livro «Igreja e Sociedade Portuguesa — do Liberalismo à República», de Manuel Clemente


A Assírio & Alvim convida-o(a) a estar presente no dia 24 de Março, pelas 21h30, na Biblioteca do Seminário Maior do Porto, onde será apresentado, pelo historiador Doutor Rui Ramos, o livro da autoria do Senhor D. Manuel Clemente, «Igreja e Sociedade Portuguesa — do Liberalismo à República», por ocasião do 5º aniversário da tomada de posse como Bispo do Porto.

«Os estudos e intervenções reunidos neste volume abrem uma porta fascinante sobre a história contemporânea de Portugal. Não era uma porta fechada, mas era uma porta que precisava de ser aberta assim, com este saber e largueza de vistas. D. Manuel Clemente é  um dos nossos maiores especialistas de história do catolicismo contemporâneo. Neste livro, a sua atenção incide principalmente sobre a relação da igreja com o Estado durante a época do Liberalismo, entre o princípio do século XIX e o princípio do século XX. Mas estão também incluídas aqui importantes e sugestivas investigações e reflexões sobre a vida paroquial em Lisboa no século XX, as esperanças e as angústias de Raúl Brandão num "mundo anticristão", ou a "nova religião" desejada por alguns líderes da I República, como Bernardino Machado. Este é um livro que trata de muitos temas, iluminando todos de um modo seguro e estimulante.»

Rui Ramos, no prefácio a este livro


Tonino Guerra § 16/03/1920 — 21/03/2012

Tonino Guerra fotografado por Andrej Tarkovskij

CANTO VIGÉSIMO OITAVO

Tenho a impressão que a avareza
não é um defeito se acontece na velhice
quando  o tédio já invadiu o cérebro.
A mim salvou-me aos setenta anos
quando uma tarde comecei a apagar as luzes
e meu irmão tropeçava por todo o lado.
Agora recolho os fósforos usados
(com algodão podem servir para limpar os ouvidos)
e de manhã à noite
tenho muito que fazer:
quero que meu irmão deite pouco açúcar
no leite e eu, guloso por mel,
lambo apenas uma colherzita ao domingo,
em pé, entre as duas portas do guarda-louça.
A toalha não é necessária, usámos um pedaço de papel
que depois serve também para acender o lume.
De noite se alguém se levanta
basta uma candeia enquanto o outro permanece no escuro.
Assim passa uma hora, passam duas, passa um mês
e a cabeça trabalha.

in «O Mel» (apresentação e tradução de Mário Rui de Oliveira)

21 de Março § Dia Mundial da Poesia

segunda-feira, 19 de março de 2012

«Um País Que Sonha — Cem Anos de Poesia Colombiana» § Lançamento


Chegou já às livrarias o livro «Um País Que Sonha — Cem Anos de Poesia Colombiana». O lançamento terá lugar na Sala Almada Negreiros, no CCB, dia 24 de Março pelas 17h00. Apresentação por Germán Santamaría Barrágan (Embaixador da Colômbia em Portugal), Lauren Mendinueta (organizadora), Nuno Júdice (tradutor) e Manuel Alberto Valente (editor). Um dos poetas antologiados, Armando Romero, estará presente e fará uma leitura de poemas.


«A poesia é a única prova concreta da existência do homem e a única força capaz de derrotar todos os surdos poderes do mundo, inclusive a morte. Esta sentença memorável lembrou-a o maior escritor colombiano de toda a história, Gabriel García Márquez, ao brindar à poesia quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura. É então a poesia a única prova de que Colômbia e Portugal existiram no passado e que terão um lugar no futuro da história humana. […]»
Germán Santamaría Barrágan



Lauren Mendinueta (Barranquilla, Colombia, 1977). Poeta e ensaísta. Autora de cinco livros de poemas, os mais recentes: La Vocación Suspendida (Sevilla, 2008; Barranquilla, 2009), VI Premio Internacional de Poesía Martín García Ramos (España, 2007), e Del tiempo, un paso (Valencia, 2011), VIII Premio Internacional César Simón da Universidade de Valência. Em português publicou o livro Vistas sobre o Tejo (Lisboa, 2011), com ilustrações da pintora portuguesa Luísa Bomba. Ganhou três prémios nacionais de poesia no seu país e em 2011 o Premio Nacional de Ensayo y Crítica de Arte (Min. Cultura, Univ. Andes) por um trabalho sobre a artista plástica colombiana Doris Salcedo. O seu nome aparece em importantes antologias na América e na Europa. Poemas seus foram traduzidos para inglês, italiano, alemão, russo, português e francês.  É considerada uma das mais importantes poetas jovens da América Latina. Viveu no México e em Espanha, e desde há 5 anos vive em Lisboa. 

Nuno Júdice. Nasceu em 1949. Tem uma vasta obra poética, amplamente traduzida. Publica também ficção e ensaio. É professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde tem ensinado Literatura Comparada e Teoria da Tradução. É actualmente director da revista Colóquio-Letras da Fundação Gulbenkian. É co-responsável pelos seminários de tradução colectiva que se têm realizado na Fundação Casa de Mateus. Traduziu obras teatrais, tendo algumas das peças (Corneille, Shakespeare, Molière) sido representadas nos Teatros da Cornucópia, Nacional de S. João e  Nacional D. Maria II. O seu último trabalho foi a tradução de Cyrano de Bergerac para o Teatro D. Maria II. Traduziu também a Diana de Jorge de Montemor, poemas de amor de Pablo Neruda, e poesia francesa e espanhola para antologias diversas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Vaslav Nijinski § 12/03/1889 — 08/04/1950



«[…] Gosto das canções russas. Gosto da língua russa. Conheço muitos russos que não são russos, porque falam uma língua estrangeira. Sei que um russo é um homem que ama a Rússia. Eu amo a Rússia. Amo a França. Amo a Inglaterra. Amo a América. Amo a Suíça, amo a Espanha, amo a Itália, amo o Japão, amo a Austrália, amo a China, amo a África, amo o Traansval. Quero amar toda a gente, é por isso que sou Deus. Não sou russo, nem polaco. Sou um homem, não um estrangeiro, nem um cosmopolita. Amo a terra russa. Hei-de construer uma casa na Rússia. Sei que os polacos me vão amaldiçoar. Compreendo o Gogol, porque ele amava a Rússia. Eu também amo a Rússia. A Rússia sente mais do que os outros. A Rússia é a mãe de todos os Estados. A Rússia ama toda a gente. A Rússia não é política. A Rússia é amor. Hei-de ir à Rússia mostrar este livro. Sei que, na Rússia, há muita gente que me vai compreender. A Rússia não é os bolcheviques. A Rússia é a minha mãe. Amo a minha mãe. A minha mãe vive na Rússia. É polaca, mas fala russo. Arranjou trabalho na Rússia. Eu fui criado com pão russo e sopa de couve. Gosto de sopa de couve sem carne. Sou o Tolstoi, porque gosto de sopa de couve. Quero amor para a minha Rússia. […]»

Vaslav Nijinski, Cadernos; edição Assírio & Alvim.

terça-feira, 6 de março de 2012

Manuel António Pina, no Programa Ler+, Ler Melhor

segunda-feira, 5 de março de 2012

Pier Paolo Pasolini — 05/03/1922 § 02/11/1975