sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Edmundo de Bettencourt § 7/8/1899 — 1/2/1973

AR LIVRE


Enquanto os elefantes pela floresta galopavam
no fumo do seu peso,
perto, lá andava ela nua a cavalgar o antílope,
com uma asa direita outra caída.
E a amazona seguia…
e deixava a boca no sumo das laranjas.
Os olhos verdes no mar.
O corpo em a nuvem das alturas
— a guardadora
da sempre nova faísca incendiária!

in Poemas de Edmundo de Bettencourt; ed. Assírio & Alvim, 1999.

1 comentário:

mariahenriques disse...

Este poema é dos melhores .
Tenho o livro, é uma das minhas leituras de sempre.
Foi bom encontrar aqui um dos poetas portugueses mais inspiradores.