sábado, 11 de abril de 2009

Visita na Prisão ou O Último Sermão de António Vieira

Aqui fica o convite para assistir, no próximo dia 14 de Abril, terça-feira, pelas 18h30, à leitura encenada da peça teatral VISITA NA PRISÃO ou O ÚLTIMO SERMÃO DE ANTÓNIO VIEIRA, de Armando Nascimento Rosa, que terá lugar no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II, numa sessão com entrada livre que  assinala, em simultâneo, o lançamento da peça em livro, numa edição da Assírio & Alvim.
A leitura será dirigida por Álvaro Correia e integra o seguinte elenco de actores: António Fonseca, Fernando Nobre, João Grosso, José Neves, Manuel Coelho, Mia Farr, e Rosário Gonzaga.
Visita na Prisão ou O Último Sermão de António Vieira efabula em teatro as derradeiras horas de vida de António José da Silva; o dramaturgo judeu luso-brasileiro, morto em auto-de-fé a 19 de Outubro de 1739, frente ao Tejo. Grande parte da acção da peça decorre numa cela da prisão dos Estaus, ao Rossio, lugar físico onde hoje se ergue o Teatro Nacional D. Maria II. António José recebe no cárcere a mais surpreendente das visitas: o fantasma do Padre António Vieira, que surge incumbido pela missão impossível de evitar o seu assassinato. 
O estigma histórico de se haver morto e queimado em Lisboa o mais original dramaturgo português setecentista é uma herança de trevas que continua a ser necessário exorcizar. Para isso, importa trazê-la à luz contemporânea do teatro, tempo e lugar de actualização terapêutica da memória cultural que é também, como o enunciou Walter Benjamin, memória de barbárie.
Visita na Prisão ou O último sermão de António Vieira foi Menção Honrosa na 2ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, tendo sido distinguida com o Prémio Albufeira de Literatura 2008 (instituído pelo Município de Albufeira em colaboração com a Associação Portuguesa de Escritores).


Armando Nascimento Rosa (Évora, 1966) é um dos dramaturgos portugueses vivos mais representados, desde a sua estreia cénica no Centro Cultural de Belém, com Lianor no país sem pilhas, encenada por João Mota, obra distinguida com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte, em 2000. De entre as suas peças encenadas e/ou publicadas, contam-se títulos como: Antígona gelada (2008); Cabaré de Ofélia (2007); O eunuco de Inês de Castro (2006); Maria de Magdala (2005); O túnel dos ratos (2004); Um Édipo (2003); Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2002); e Espera Apócrifa (2000). Várias peças suas estão traduzidas e publicadas em livro em inglês e em castelhano e foram alvo de encenação e/ou leitura encenada em Madrid, Londres, Nova Iorque, e Zurique.

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