quinta-feira, 30 de junho de 2011

PEDRO CABRITA REIS the whispering paper e alguns textos a propósito


Fotografia: Nuno Moreira

Exposição: 30 de Junho a 8 de Outubro de 2011
Inauguração: 30 de Junho 2011 às 22h00
Fundação Carmona e Costa - Espaço Arte Contemporânea

Por ocasião da exposição será publicado um livro 

co-edição fcc / assírio & alvim

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pedro Cabrita Reis

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Por ocasião da exposição será publicado um livro co-edição fcc / assírio & alvim

sábado, 18 de junho de 2011

António Franco Alexandre {17 de Junho de 1944}


Lambe-te o fogo cada ruga e pêlo,

e a água onde mergulhas logo encerra
em fresca e fina luva o corpo inteiro
e sem pudor algum te abraça e beija.
Mesmo o vulgar sabão, no tanque absorto,
pela nudez da carne se insinua
e entre as coxas flutua, como um peixe
mais branco, que outra sombra continua.
Mas eu, quando me cubro do teu rosto
e sou somente de água e fogo feito,
melhor ainda te conheço e quero,
e nada no teu corpo me é alheio:
em cada grão de pele te desejo,
em cada ruga leio o meu destino.

António Franco Alexandre, Duende, Assírio & Alvim, 2002

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu não procuro nada em ti


O lado de fora


Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem,
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

Manuel António Pina, Poesia, Saudade da Prosa.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

«procurei dentro de ti o repercutido som do mar...»

Al Berto [Coimbra, 11 de Janeiro de 1948 - Lisboa, 13 de Junho de 1997]

Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa [Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935]

domingo, 12 de junho de 2011

Porto - Feira do Livro termina hoje


Logo à noite corremos a persiana! Mas ainda tem o dia de hoje para nos visitar. Como já sabe, a Assírio & Alvim fica mesmo em frente ao Guarany(m) e é sempre muito bem vindo(a)!

sábado, 11 de junho de 2011

«Mais estimulante que a solução é o problema - o fazer do ensaio»


Hoje, às 18h, no Auditório da Feira do Livro do Porto
MAIS ESTIMULANTE QUE A SOLUÇÃO É O PROBLEMA - O FAZER DO ENSAIO
Rosa Maria Martelo e Manuel Gusmão 
Em colaboração com Instituto Literatura Comparada Margarida Losa, da FLUP

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bom fim-de-semana.

Sonetos de Luís de Camões 
escolhidos por 
Eugénio de Andrade

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Real, real, porque me abandonaste?

Fotografia de Lucília Monteiro (2005)

A ferida


Real, real, porque me abandonaste?
E, no entanto, às vezes bem preciso
de entregar nas tuas mãos o meu espírito
e que, por um momento, baste

que seja feita a tua vontade
para tudo de novo ter sentido,
não digo a vida, mas ao menos o vivido,
nomes e coisas, livre arbítrio, causalidade.

Oh, juntar os pedaços de todos os livros
e desimaginar o mundo, descriá-lo,
amarrado ao mastro mais altivo
do passado. Mas onde encontrar um passado?



Manuel António Pina, Poesia, Saudade da Prosa - uma antologia pessoal

domingo, 5 de junho de 2011

O rio passa, passa


O rio passa, passa
e nunca cessa.
O vento passa, passa
e nunca cessa.
A vida passa:
nunca regressa.



América, Aztecas, 
Versão de Herberto Helder, in Rosa do Mundo - 2001 poemas para o futuro

sábado, 4 de junho de 2011

Manuel António Pina e José Tolentino Mendonça, hoje à tarde na Feira do Livro do Porto


FEIRA DO LIVRO DO PORTO - 4 DE JUNHO, SÁBADO, 16H, AUDITÓRIO

«A VOLÚVEL MATÉRIA DAS PALAVRAS»

Manuel António Pina 
Poesia, Saudade da Prosa - uma antologia pessoal
José Tolentino Mendonça 
A Noite Abre Meus Olhos - poesia reunida
O Hipopótamo de Deus e Outros Textos

Leitura de poemas por Alberto Serra


No final da sessão será apresentado o mais recente livro de
Manuel António Pina, Prémio Camões 2011
Poesia, Saudade da Prosa — uma antologia pessoal. 
Não falte!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Hermínio {10-IX-1952 / 3-VI-2001}

«Há muitos e muitos milhares de anos, a poesia aproximou-se do homem e tão próximos ficaram, que ela se instalou no seu coração. E começaram a ver o mundo conjuntamente estabelecendo uma inseparável relação que perdurará para sempre. Não demorou muito a que a poesia se emancipasse, autonomizando-se. Como uma rosa de cujas pétalas centrípetas emana a beleza e o mais intenso perfume, sem nunca prescindir da defesa vigilante dos seus espinhos, assim cresceu livre a poesia carregada de silencioso mistério e sedução.»

Manuel Hermínio Monteiro, in Rosa do Mundo - 2001 poemas para o futuro, 2001, p. IX.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Volúvel Matéria das Palavras



Sessão, com Manuel António Pina e José Tolentino Mendonça, no próximo sábado, dia 4 de Junho, às 16h00, no auditório da Feira do Livro Porto. Leitura de poemas por Alberto Serra. No final da sessão será apresentado o mais recente livro de Manuel António Pina, «Poesia, Saudade da Prosa — uma antologia pessoal». Não falte!